terça-feira, 28 de junho de 2011

Por que o carro é mais barato na Argentina e no Chile?

Notícia veiculada no UOL. Leia e veja como as indústrias automobilísticas são podres aqui no Brasil.


Mundo em Movimento

A ACARA, Associacion de Concessionários de Automotores De La Republica Argentina, divulgou no congresso dos distribuidores dos Estados Unidos (N.A.D.A), em São Francisco, em fevereiro deste ano, os valores comercializados do Corolla em três países:


No Brasil o carro custa U$ 37.636,00, na Argentina U$ 21.658,00 e nos EUA U$ 15.450,00.


Outro exemplo de causar revolta: o Jetta é vendido no México por R$ 32,5 mil. No Brasil esse carro custa R$ 65,7 mil.


Por que essa diferença? Vários dirigentes foram ouvidos com o objetivo de esclarecer o "fenômeno". Alguns "explicaram", mas não justificaram. Outros se negaram a falar do assunto.


Quer mais? O Gol I-Motion com airbags e ABS fabricado no Brasil é vendido no Chile por R$ 29 mil. Aqui custa R$ 46 mil.


O Corolla não é exceção. O Kia Soul, fabricado na Coréia, custa U$ 18 mil no Paraguai e US$ 33 mil no Brasil. Não há imposto que justifique tamanha diferença de preço.


A Volkswagen não explica a diferença de preço entre os dois países. Solicitada pela reportagem, enviou o seguinte comunicado:


"As principais razões para a diferença de preços do veículo no Chile e no Brasil podem ser atribuídas à diferença tributária e tarifária entre os dois países e também à variação cambial".


Questionada, a empresa enviou nova explicação:


"As condições relacionadas aos contratos de exportação são temas estratégicos e abordados exclusivamente entre as partes envolvidas".


Nenhum dirigente contesta o fato de o carro brasileiro ser caro. Mas o assunto é tão evitado que até mesmo consultores independentes não arriscam a falar, como o nosso entrevistado, um ex-executivo de uma grande montadora, hoje sócio de uma consultoria, e que pediu para não ser identificado.


Ele explicou que no segmento B do mercado, onde estão os carros de entrada, Corsa, Palio, Fiesta, Gol, a margem de lucro não é tão grande, porque as fábricas ganham no volume de venda e na lealdade à marca. Mas nos segmentos superiores o lucro é bem maior.


O que faz a fábrica ter um lucro maior no Brasil do que no México, segundo consultor, é o fato do México ter um "mercado mais competitivo" (?).


Um dirigente da Honda, ouvido em off, responsabilizou o "drawback", para explicar a diferença de preço do City vendido no Brasil e no México. O "drawback" é a devolução do imposto cobrado pelo Brasil na importação de peças e componentes importados para a produção do carro. Quando esse carro é exportado, o imposto que incidiu sobre esses componentes é devolvido, de forma que o "valor base" de exportação é menor do que o custo industrial, isto é: o City é exportado para o México por um valor menor do que os R$ 20,3 mil. Mas quanto é o valor dos impostos das peças importadas usadas no City feito em Sumaré? A fonte da Honda não responde, assim como outros dirigentes da indústria se negam a falar do assunto.


Mas quanto poderá ser o custo dos equipamentos importados no City? Com certeza é menor do que a diferença de preço entre o carro vendido no Brasil e no México (R$ 15 mil).


A conta não bate e as montadoras não ajudam a resolver a equação. Apesar da grande concorrência, nenhuma das montadoras ousa baixar os preços dos seus produtos. Uma vez estabelecido, ninguém quer abrir mão do apetitoso "Lucro Brasil".


Ouvido pela AutoInforme, quando esteve em visita a Manaus, o presidente mundial da Honda, Takanobu Ito, respondeu que, retirando os impostos, o preço do carro no Brasil é mais caro que em outros países porque "aqui se pratica um preço mais próximo da realidade. Lá fora é mais sacrificado vender automóveis".


Ele disse que o fator câmbio pesa na composição do preço do carro no Brasil, mas lembrou que o que conta é o valor percebido. "O que vale é o preço que o mercado paga".


E porque o consumidor brasileiro paga mais do que os outros?


"Eu também queria entender – respondeu Takanobu Ito – a verdade é que o Brasil tem um custo de vida muito alto. Até os sanduíches do McDonalds aqui são os mais caros do mundo".


"Se a moeda for o Big Mac – confirmou Sérgio Habib, que foi presidente da Citroën e hoje é importador da chinesa JAC - o custo de vida do brasileiro é o mais caro do mundo. O sanduíche custa U$ 3,60 lá e R$ 14,00 aqui". Sérgio Habib investigou o mercado chinês durante um ano e meio à procura por uma marca que pudesse representar no Brasil. E descobriu que o governo chinês não dá subsídio à indústria automobilística; que o salário dos engenheiros e dos operários chineses não são menores do que os dos brasileiros.


"Tem muita coisa errada no Brasil – disse Habib, não é só o preço do carro que é caro. Um galpão na China custa R$ 400,00 o metro quadrado, no Brasil custa R$ 1,2 mil. O frete de Xangai e Pequim custa U$ 160,00 e de São Paulo a Salvador R$ 1,8 mil".


Para o presidente da PSA Peugeot Citroën, Carlos Gomes, os preços dos carros no Brasil são determinados pela Fiat e pela Volkswagen. "As demais montadoras seguem o patamar traçado pelas líderes, donas dos maiores volumes de venda e referência do mercado", disse.


Fazendo uma comparação grosseira, ele citou o mercado da moda, talvez o que mais dita preço e o que mais distorce a relação custo e preço:


"Me diga, por que a Louis Vuitton deveria baixar os preços das suas bolsas?", questionou.


Ele se refere ao "valor percebido" pelo cliente. É isso que vale.


"O preço não tem nada a ver com o custo do produto. Quem define o preço é o mercado", disse um executivo da Mercedes-Benz, para explicar porque o brasileiro paga R$ 265.00,00 por uma ML 350, que nos Estados Unidos custa o equivalente a R$ 75 mil.


"Por que baixar o preço se o consumidor paga?", explicou o executivo.


Amanhã a terceira e última parte da reportagem especial LUCRO BRASIL: "Quando um carro não tem concorrente direto, a montadora joga o preço lá pra cima. Se colar, colou".

domingo, 5 de junho de 2011

Solução para Internautas: Assinar a revista Veja !

Peraí, calma lá, isso aqui não é uma propaganda paga não, é sério pessoal !

Pense comigo: Quantos dos internautas que você conhece, daqueles que todos os dias navegam na internet, em sites e em redes sociais, que realmente lêem um jornal diariamente ou assistem todos os dias aos telejornais na tv, sem distrações?

Fale a verdade! Se disser que mais de 10% dos internautas que você conhece fazem isso, você está mentindo, e muito !

A realidade é que atualmente nós só colocamos coisas sem conteúdo, na nossa cabeça (a maioria das pessoas fazem isso), lendo só notícias sobre esportes, coisas sobre as celebridades, notícias bizarras, alguns vídeos imbecís, trocamos comentários sobre fotos babacas no facebook, e por aí vai, nada que traga benefício para nós.

Vejam as próprias celebridades, a maioria destas pessoas, são nota 0 em conteúdo, porque vivem uma vida cheia de coisas sem conteúdo, e quando falam com alguém, só sai fofoca, palavras vazias ou bobagens toscas. Apenas alguns poucos são realmente notáveis, como Jô Soares, Miguel Falabella, Antônio Fagundes, e por aí vai.

Aí fica aquela dica: Porque não assinar uma revista semanal como a Veja, Época, Isto é, ou algo do tipo, para se informar sobre coisas úteis de verdade, pelo menos uma vez por semana? A maioria deles parcelam em até 12 vezes via débito em conta ou cartão de crédito, aí dá para pagar tranquilo! Eu pago R$ 38,56 por mês, pela veja, numa assinatura de 2 anos que fiz, ou seja, custaria R$ 4,50 por revista, baratinho, se comparar com os bons jornais, que custam R$ 2,00 cada exemplar, e são cheios de conteúdo denso demais, nada objetivos, que nunca dá para ler tudo, aproveita-se pouco.

O que é melhor: Viver viciado em Facebook, Twitter, Youtube, Orkut e MSN, ou dar uma pausa de vez em quando e ler uma revista de qualidade, para ter assunto inteligente e diversificado, quando for falar com alguém?

Temos três tipos de internautas fanáticos:
- Nerds: Quando raramente falam com alguém, geralmente nunca deixam de comentar sobre tecnologia e internet, mas não sabem nada dos demais assuntos, da vida real.
- Homens: Quando largam do micro, só falam de futebol, da fulana gostosa, e fica por aí, não sabe outro assunto.
- Mulheres: Fofocas e mais fofocas sobre como tal celebridade tá feia, cheia de celulite, que nojo da fulana, e é isso, não sai mais nada de bom.

Vamos mudar isso! Chega de mulheres vazias e burras que acham que a moda é fofocar e transar com todo mundo porque as celebridades também fazem, chega de homens idiotas que só falam de futebol e de mulheres que posaram nuas e contam quais as amigas que eles pegaram, e chega de nerds babacas que se acham gênios mas só entendem de informática e mais nada na vida porque nem mulheres decentes conseguem conquistar, chega de pessoas sem conteúdo!

E você, qual revista você vai assinar?